Algumas gerações foram educadas ou até doutrinadas com a convicção de que “negócios e religião não se misturam”, ou seja: negócios são administrados durante a semana, do meu jeito, da minha forma, e Deus eu busco e adoro nos cultos e encontros aos domingos. Mas será que essa foi a instrução de Deus para nós? Será que Ele separou o sagrado do profano?
“Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer coisa, façam tudo para a Glória de Deus” (1 Coríntios 10:31).
A palavra deixa claro que não: tudo é do Senhor e para o Senhor. Mas será tudo mesmo? Até meu dinheiro e o lucro do meu negócio? Deus se importa com isso também? Não basta apenas eu dar o dízimo e está tudo certo? Ou ainda doar cestas básicas, fazer ações sociais? Tudo isso é importante também, mas não é somente disso que estou falando, mas sim de entregarmos as nossas vidas e os nossos negócios para Deus, de caminhar com Ele, de orar e perguntar para Ele qual será o próximo passo, o próximo investimento, ou a próxima contratação.
Você pode até concordar em parte com tudo isso até aqui. Porém, e o seu dinheiro, como é que você tem administrado? E o caixa do seu negócio está separado do seu dinheiro pessoal ou está tudo misturado? Somos mordomos de tudo aquilo que o Senhor confiou a cada um de nós. Segundo o dicionário Aurélio, mordomo: “É o serviçal encarregado da administração de uma casa ou alguém que cuida do que não é seu”. Cuidar daquilo que não é seu… Que desafio, não é?
“Quem é, pois, o administrador fiel e sensato, a quem seu senhor encarrega dos seus servos, para lhes dar sua porção de alimento no tempo devido? Feliz o servo a quem o seu senhor encontrar fazendo assim quando voltar. Garanto-lhes que ele o encarregará de todos os seus bens. Mas suponham que esse servo diga a si mesmo: ‘Meu senhor se demora a voltar’, e então comece a bater nos servos e nas servas, a comer, a beber e a embriagar-se. O senhor daquele servo virá num dia em que ele não o espera e numa hora que não sabe, e o punirá severamente e lhe dará um lugar com os infiéis”. (Lucas 12: 42-46)
Nesta parábola, Jesus nos deixa claro de que tudo é Dele e para Ele, e isso inclui a administração de nossos bens, do nosso dinheiro, dos nossos negócios e da nossa vida.
Seguindo com a nossa série sobre BaM (Business as Mission) ou “Negócios como Missão”, tudo o que falei até aqui são primícias básicas. A mordomia financeira é um dos pilares de um negócio BaM, pois os negócios são feitos para dar lucro. Isso não é pecado ou algo que Deus não aprova; pelo contrário, Deus deseja que sejamos “prósperos”, que os nossos negócios deem muito lucro para que possamos dar mais empregos, diminuir o impacto social, gerar mais renda tanto para nós quanto para o nosso próximo.
“E chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas e disse-lhes: Negociai até que eu venha” (Lucas 19:13)
Portanto, se você já entendeu os demais conceitos e pilares de um negócio BaM, ouso arriscar que esse é um dos mais importantes. Um negócio que não gera lucro, que não é bem administrado e que não tem a mordomia que Jesus nos ensina é um péssimo negócio, que não vai atingir os objetivos, não vai gerar empregos, não vai impactar a sociedade e principalmente não vai ser “usado” com a intenção de proclamar o Evangelho.
*Joelson Sell é diretor de empresa, Coordenador dos Empreendedores Cristãos do Movimento Encontrão, conselheiro do BAM Global Brasil, mentor do Bom Negócio Curitiba Vale do Pinhão, e faz parte da liderança da Comunidade Vivenda em Curitiba/PR
Joelson Sell
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