Pedro. Cornélio. Barnabé. Ágabo. Saulo. Em Atos 11, esses homens e as pessoas com quem conviviam são colocados em movimento. Nesse trecho bíblico, evidencia-se que a dinâmica missionária depende da e se dá por meio da ação do Espírito Santo. Na vivência da intimidade com o Senhor, por exemplo, Pedro e Cornélio são conduzidos a um encontro que cumpria com os propósitos do Evangelho e, mais, abriria a perspectiva de missão da igreja, entendendo que a salvação, em Cristo Jesus, é para todos, independentemente de qualquer aspecto étnico, cultural ou territorial.
Gosto de pensar que a experiência individual de direcionamento do Espírito é confirmada em uma proposta coletiva de ação pelo Reino de Deus, pelo Evangelho, para a glória de Cristo. Veja bem no texto de Atos 11: aquilo que Espírito permite que Pedro e Cornélio experimentem lhes conduz à comunhão, à unidade, ao testemunho, à evangelização. E, em todo esse capítulo do livro bíblico, vemos claramente crentes em movimento, pois estavam em comunhão íntima com o Senhor, permaneciam atentos à voz do Senhor e se dispunham à obediência ao Senhor. Eles se movem da oração à missão.
A submissão à voz e ao direcionamento do Senhor Deus demanda que saiamos de nossa zona de conforto. A de Pedro, talvez, era pregar só para judeus. A de Cornélio, talvez, viver sua vida piedosa dentro da religiosidade praticada. A de Barnabé, talvez, ficar em Jerusalém. A de Ágabo, talvez, a de não profetizar. A de Saulo, talvez, a de não trocar a letra inicial de seu nome pela “P”. E a nossa?
Outro aspecto também relevante ao pensarmos nessa submissão é o que se mostra na postura dos irmãos de Jerusalém diante da surpresa de o apóstolo pregar aos gentios: por vezes (e muitas vezes!), haverá resistências. No entanto, Atos 11 nos deixa claro que o mesmo Espírito que dinamiza a missão é quem apazigua os ânimos, trazendo paz e unidade para os propósitos da igreja de Cristo. Por isso, ao sermos impelidos a deixar nossas zonas de conforto, por mais que haja confronto, no poder amoroso e capacitador do Espírito, os desígnios soberanos do Senhor se cumprirão.
A reflexão a partir de Atos 11 nos lembra de que a ação missionária começa, sobretudo, com a oração. Por meio do relacionamento com Deus, podemos nos alinhar aos seus graciosos propósitos. E, assim, obedecermos à sua vontade. É encorajador perceber que a proclamação do Evangelho, a partir da vida de intimidade com o Senhor, derrama o Espírito sobre aqueles que nos ouvem, promovendo a conversão e oportunizando dons para a edificação e o serviço do Corpo de Cristo. Uma vez que o Espírito age com liberdade e, muito frequentemente, é capaz de nos surpreender, é preciso cuidado para não nos opormos àquilo que o Senhor da Missão quer realizar em nosso meio e a partir de nós.
Edson Munck Jr – professor em Juiz de Fora/MG
Por Missão Zero
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