A jornada começa com o propósito de ver o evangelho de Jesus transformando mais vidas. Existem muitos caminhos para isso. É necessário um tempo de reflexão e oração, em que as lideranças, com sinceridade e objetividade, avaliam o desafio que terão pela frente, ponderando se realmente desejam investir na plantação de uma nova comunidade.
É preciso entender que uma comunidade não consegue cumprir sozinha a missão de Deus. Não somos capazes de evangelizar toda uma cidade ou toda uma região. Questões geográficas, perfil social e o estilo de culto são alguns dos aspectos que atraem algumas pessoas e afastam outras. Uma nova comunidade pode ser mais leve, ágil, adaptável e penetrar em novas áreas ou públicos com maior facilidade. Ampliando nosso horizonte vamos compreender que igrejas diferentes alcançam pessoas diferentes, em lugares diferentes.
Para seguir em frente necessitamos vencer a tendência de pensar apenas nas próprias necessidades. A comunidade-mãe precisa exercitar a generosidade para disponibilizar dinheiro que poderia ser investido, por exemplo, na reforma do templo ou na compra de novos equipamentos. O investimento mais difícil pode ser o de ceder pessoas para compor a equipe base. Uma boa equipe precisa de gente que se engaje no trabalho, assume liderança e tenha boa rede de relacionamentos fora da comunidade. São pessoas que fazem falta e deixam lacunas na comunidade mãe. Ser mãe é um chamado a generosidade.
Outra etapa estrategicamente importante é a escolha do plantador. Ela pode determinar o sucesso ou fracasso da plantação. A experiência mostra que o líder do projeto precisa ter algumas habilidades específicas e é necessário resistir à tentação de escolher o plantador por simpatia ou afinidade. O processo precisa ser conduzido em oração e com assessoria competente.[1]
Depois, o plantador precisa levantar as características da cidade, do público a ser alcançado, fazer orçamento, esboçar o perfil do grupo base e elaborar um cronograma. É um tempo de mais oração e muitas negociações, nem sempre fáceis. Muitas inseguranças precisaram ser vencidas nesta fase de planejamento.
Com o projeto ganhando forma, a comunidade toda precisa ser envolvida. O projeto não pode ser apenas dos líderes e do plantador. A comunidade necessita ser desafiada a assumir o papel de mãe em oração, o planejamento apresentado e as pessoas motivadas a participarem financeiramente.
Quando os cultos públicos iniciam a mãe enfrenta o desafio de deixar a filha crescer. A nova comunidade não é uma cópia da mãe e faz escolhas que nem sempre são bem compreendidas. É preciso vencer a necessidade de controle e dar liberdade para que a equipe desenvolva sua visão e forma de funcionamento. Ver a filha crescendo e se desenvolvendo é maravilhoso, mas gera comparações e pode despertar ciúmes. É momento de crescer na visão de Reino de Deus e aprender a celebrar o sucesso da nova comunidade.
A experiência é sem dúvida revitalizadora. Acompanhar o nascimento de uma comunidade injeta nova vida também na comunidade-mãe e motiva a continuar sonhando. Que Deus desperte entre nós muitas comunidades-mães, corajosas, generosas e desejosas de ver o Reino crescendo. E assim, Deus seja engrandecido e nossas cidades transformadas pelo evangelho.
[1] O CTPI (Centro de Treinamento para Plantadores de Igreja) disponibiliza um teste bastante completo para auxiliar na avaliação do plantador
André Hiendlmayer
Por Missão Zero

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