Depois de ouvir um sermão, um engenheiro me ligou para perguntar: “Existe controle de qualidade na igreja?”. Eu lhe respondi que sim, e ele pediu que lhe explicasse como este funciona.
Comecei com algo conhecido: “Como você tem certeza de que suas medições são exatas?”. Ele respondeu: “Porque uso ferramentas certificadas pelo Instituto Nacional de Pesos e Medidas”. Eu continuei a indagar: “E como saberei que estas medidas são corretas?”. “Porque o instituto se baseia no metro padrão guardado em Paris”.
“Pois bem”, continuei, “assim como nossos pesos e medidas dependem de uma medida padrão, todo ensino na igreja precisa ser aferido na Sagrada Escritura. Todo sermão deve ser conferido pelo ensino da Bíblia. O que não está em sintonia com ela, não é palavra de Deus para nós”.
Em relação à comparação com pesos e medidas, o gabarito bíblico apresenta duas diferenças:
(1) O “metro padrão” foi feito por cientistas franceses em 1799, mas a Bíblia não é produto da iniciativa humana. Ela foi inspirada pelo próprio Senhor (2Tm 13.16s) e registra o que, numa longa história, pessoas experimentaram com Deus (1Jo 1.1-4; 2 Pe 1.16-21; Hb 1.1-4).
(2) Enquanto que a exatidão de medidas é tarefa de especialistas, a aferição das mensagens na igreja pode ser feita por cada ouvinte! Os que ouviam Paulo em Bereia examinavam “todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo” (At 17.11). O que valeu para o apóstolo, continua valendo para os pregadores de hoje!
No propósito de conferir a qualidade do anúncio do evangelho preste atenção em três aspectos:
(1) Mesmo que contenha 66 livros escritos em muitos séculos, a Bíblia narra uma única história de Deus com a humanidade. Esta iniciou com a criação. Segue-se a rebelião humana contra seu Criador. Depois Deus iniciou com Abraão seu projeto de resgate pela morte e ressurreição de Jesus e que será completado na segunda vinda dele. – Por isso confira se a mensagem ouvida se encaixa nesta história da salvação.
(2) Todo anúncio cristão deve priorizar o que Deus fez por nós por meio de seu filho. Por isso, veja se o sermão destaca o que Cristo fez por nós e não o que nós fazemos por ele.
(3) Toda mensagem na igreja precisa expor-nos à santidade (lei) de Deus e revelar nossa falta de fé e obediência a fim de que percebamos a necessidade da sua graça e perdão (evangelho).
Em resumo: O grito de guerra “somente a Escritura” convida-nos a entender a história de Deus com a humanidade; a reconhecer o que seu Filho fez por nós e a enxergar que precisamos do seu socorro.
Martin Weingaerter
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