Há algum tempo, na antiga comunidade que eu frequentava, depois de uma reunião de liderança, um grande amigo me procurou para contar sobre um curso que ele estava fazendo de “Plantação de igrejas”. Nunca havia ouvido falar neste termo até então. Contou-me, empolgadíssimo, como era plantar a igreja, como se formava o grupo base e mais alguns detalhes que não me recordo. Mas o que eu não esqueço foi da minha reação: completamente descrente ao pensar de como alguém poderia deixar a sua comunidade com a missão de abrir uma nova na mesma cidade. Não fez muito sentido para mim.
O tempo passou até que eu, meu marido e meus dois filhos (4 e 7 anos) fomos convidados a compor um grupo base para a plantação de uma nova igreja na cidade onde morávamos. Junto com o convite veio um turbilhão de pensamentos e preocupações. O sentimento descrente já havia ido embora há algum tempo e uma certa empolgação nos envolveu após o convite. Mas confesso que uma questão nos deixou mais pensativos.
Eu e meu marido nos conhecemos no grupo de jovens da igreja. Ele, desde criança na Igreja Luterana e eu, que apesar de vir de uma família cristã, escolhi frequentar a igreja Luterana na minha adolescência. Nossas mais importantes amizades foram construídas nesta época de grupo jovem, nossos grandes amigos vieram desde essa época e gostaríamos que nossos filhos tivessem a oportunidade de ter um grupo de amigos assim como o nosso. Para isso acontecer, acreditávamos que permanecer na nossa velha comunidade iria ser mais interessante, e já estávamos nos organizando para isso.
Conversamos, oramos e percebemos que nossos filhos, assim como nós, teriam o grande privilégio de ver uma nova igreja nascer, que poderiam fazer parte e, assim como nós adultos, também poderiam ser sal e luz na vida de outros. Além disso, todos nós viveríamos uma nova face do evangelho, aquele essencialmente voltado para as pessoas que não frequentam igrejas.
Aceitamos o desafio. Passamos por um período de treinamento e a nossa experiência foi muito positiva. A maioria dos outros integrantes do grupo base já eram conhecidos nossos de comunidades próximas, o que fez com que tivéssemos um tempo abençoado e divertido. Muitas crianças também fizeram parte do grupo base, o que foi bom para nossos filhos.
Se me perguntarem qual foi a parte mais difícil da plantação respondo com muita clareza: deixar de conviver semanalmente nos cultos e reuniões com nossos grandes amigos da comunidade anterior.
Se me perguntarem qual foi a melhor parte da plantação… Aí meu coração dispara, pois são inúmeras!!! Durante o treinamento, ouvimos em uma das palestras a seguinte frase de um dos pastores: “apesar de sabermos que o Evangelho tem poder, depois de algum tempo dentro das igrejas, nos esquecemos deste poder”. Quando você faz parte de uma plantação de uma igreja, você vê claramente aquele Evangelho que você pensou que não tinha “tanto” poder mudar a vida da pessoa com a qual você está convivendo. A transformação acontece na sua frente e você lembra que “o Evangelho de Jesus tem poder”. Talvez seja essa a maior alegria!
Em resumo… Vale a pena!
Mariane Cardoso
Por Missão Zero
De Bara para Bara, cumprindo o ide!
1ª Conferência Missionária Bara: Três dias tivemos o privilégio de reunir dezenas de jovens Bara, crentes de toda a região onde moramos, para desafiá-los a engajarem-se na evangelização de seu próprio povo.
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